“Sentir-se realizado é o que mais importa, essa é a jornada de um verdadeiro herói” Jon Favreau
Diretor de Homem de Ferro 1 e 2, o cineasta Jon Favreau trocou orçamentos milionários por um projeto independente escrito, dirigido e protagonizado por ele – Chef. Não importa se o filme é bom ou não: Jon conseguiu engajar na sua paixão estrelas de alta grandeza, como Scarlett Johansson, Dustin Hoffman e Robert Downey Jr.. De fato, escolher entregar-se para um trabalho que traz significado relevante para nossa alegria de alma, e assim vivermos apaixonados, não é uma decisão tão óbvia assim… Trata-se de uma jornada heróica.
Quantas pessoas encontramos todos os dias cumprindo papéis profissionais por vezes glamorosos, bem remunerados, mas que não proporcionam realização profunda? Inúmeras. Vivem um desencaixe de alma tão intimamente frustrante, uma apatia tão desconcertante, que em algum momento acabam adoecendo, por uma tristeza efervescente naquele vazio que não conseguem mais camuflar.
Dedicar-se a um trabalho ou projeto que tanto amamos exige coragem, até porque pode não ser socialmente sexy e inclusive demorar para gerar riqueza financeira. Renunciar às vaidades do ego, pelo alívio da alma oprimida naquele trabalho desprovido de significado, não é uma batalha simples de vencer – é sim uma jornada heróica para conquistar (ou reconquistar) a liberdade.
Acabei de ouvir no táxi aquela música deliciosa do Queen, “A Kind of Magic”, que me fez voltar nos tempos de paixão intensa da adolescência. Dois dos seus versos cabem aqui muito bem:
“É um tipo de magia
Um facho de luz que mostra o caminho
Nenhum mortal pode ganhar este dia
É um tipo de magia
O sino que toca em sua mente
É um desafio às portas do tempo.”
Não é todo mundo que descobre sua paixão cedo na vida – e por isso investe anos preciosos procurando. Mas isso não importa, desde que não desista. Em algum momento o caminho vai se mostrar. E se você estiver aberta(o), vai descobrir. A kind of magic… Boa jornada!
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